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As palavras “mal ditas” da política

09/11/2009 às 09h24

Por Henio Wanderley

Quando pensamos que a política está evoluindo como acontece em todos os setores da sociedade organizada nos deparamos com palavras “mal ditas”, por nossos representantes. Infelizmente o que se vê é uma política retrógada que visivelmente não acompanhou o processo evolutivo que nós esperávamos.

Palavras de baixo calão parecem fazer parte do vocábulo daqueles que pelo menos na teoria deveriam lutar por nossos interesses.

Recentemente a imprensa noticiou frases no mínimo mal ditas. Há poucos dias tivemos uma embate na Câmara Municipal de nossa cidade onde o vereador Marcos Bandeira (PMDB), chamou o presidente Lula de “seboso”, embora que dias depois o vereador tenha se desculpado, é como diz o dito popular “pancada dada e palavra dita, nem Deus tira”.

Outra que não se conteve e extrapolou em seu discurso foi à vereadora pessoense Raíssa Lacerda (DEM), que em discurso na tribuna da Câmara de João Pessoa, tachou o governador Maranhão de “palhaço”. Infelizmente esses não são acontecimentos isolados, poucos dias atrás os vereadores e locutores de uma emissora de rádio comunitária denominada de Bonito FM da cidade de Bonito de Santa Fé, atacaram a honra da prefeita Alderi Caju (PMDB) e de seu esposo já falecido.

Conforme foi veiculado na imprensa paraibana durante o programa “Questão de Ordem”, da referida rádio comunitária, os apresentadores e participantes chamaram a prefeita de “sem vergonha”. Porém, fatos como esses não ocorrem apenas nas câmaras municipais, mas, em todo ou quase todo seguimento político partidário.

Qualse que diariamente a Assembleia Legislativa paraibana, vem sendo palco de discussões vazias, isso porque nosso “deputados”, que deveriam estar apresentando projetos de interesse para o Estado, se pautam em bate-bocas, de cunho político partidário e isso é um fato que infelizmente acontece em nossa cidade durante as Sessões Ordinárias da Casa Avelino Queiroga Cavalcante.

Lamentavelmente acontecimentos dessa natureza, ocorrem em esferas maiores a exemplo da Câmara Federal e do Senado Federal. Poucos meses atrás o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), chamou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) de “corno” e “idiota”. Será que essa atitude do senador Heráclito e de todos os outros casos aqui citados é correta?

Pois é, palavras “mal ditas” parecem fazer parte da política de hoje, que pelo menos em vocábulo e comportamento não evolui como se esperava. O que se percebe é que nossos “representantes”, muitas vezes cometem gafes por causa da euforia do momento, outros por total despreparo, chegando ao ponto de atacar a imprensa.

Está mais que na hora de nossos “representantes” mostrarem a que vieram. Porque se era pra defender a bandeira, sigla ou líder partidário, eles deveriam ter dito isso nos palanques durante a campanha eleitoral. Pois, a população espera uma resposta, espera uma luta por mais geração de emprego e renda, habitação, saúde, educação, saneamento básico e tantos outros benefícios que poderiam contemplar nossas cidades.

Muitos de nossos “representantes” precisam mostrar a que vieram: pra defender os interesses do povo ou da sigla partidária.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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